Perdas devem chegar a 25% dos salários dos professores
Recusa das escolas em cumprir sentença do dissídio de 2003 achata mais ainda o poder de compra da categoria
O dado é alarmante. Os professores da rede privada da educação infantil, ensino fundamental e médio registram perdas que devem chegar a ¼ de seus salários. A conta refere-se ao acumulado da inflação na data-base de 2003 e de 2004.
Essa é a realidade de muitos professores, já que parte das escolas, numa postura arrogante, insiste em não cumprir a sentença do TRT, referente ao dissídio coletivo da educação básica, que determinou reajuste de 16,42%, tíquete-refeição de R$ 6,50 e manutenção das cláusulas sociais, tudo retroativo a março de 2003.
E nas primeiras rodadas de negociação da campanha salarial 2004, as escolas, por intermédio de seu sindicato, esquivaram-se de discutir com o SINPRO-SP as reivindicações dos professores, usando o manjado argumento de que “devido à crise no setor, não têm dinheiro”, numa atitude de total desrespeito com os professores.
Não pagam porque não querem
No caso do dissídio coletivo, as escolas não cumprem a sentença do TRT porque não querem. O argumento de que seria necessário aguardar a publicação do acórdão para que o pagamento fosse feito é uma grande balela. As escolas estão, sim, obrigadas a pagar o que devem e não precisam esperar mais nada para isso.
Isso porque a certidão de julgamento já um documento oficial. Tanto é verdade que o Sieeesp, sindicato patronal, entrou com recurso, sem que o acórdão tivesse sido publicado no Diário Oficial. Vale repetir que o recurso não suspende a sentença; logo, as escolas continuam obrigadas a cumpri-la, embora inventem várias desculpas para não fazê-lo.
Contra isso só a força dos professores. A mobilização da categoria agora é fundamental e é por isso que no dia 18 de fevereiro a casa tem que estar cheia. Será o dia de luta dos professores pelo respeito de seus direitos. É hora de dar um basta na arrogância dos donos de escola!
Dia 18/02 as escolas vão parar.
Será o Dia de Luta dos professores.
Assembléia com falta abonada, às 10 horas, no SINPRO-SP