28 de abril, um marco histórico para os professores
Os professores das escolas particulares protagonizaram um belíssimo exemplo de combatividade e unidade. No dia 28 de abril, mais de 300 escolas na região metropolitana de SP permaneceram fechadas em razão da greve contra as reformas trabalhista e previdenciária.
Desde a primeira chamada do SinproSP, em meados de março - quando o dia da paralisação ainda não estava decidido – até a sexta-feira, 28, foi organizado um trabalho intenso de informação e mobilização.
Ações articuladas que envolveram distribuição de materiais, visitas às escolas, panfletagem e interação pelas redes sociais se mostraram fundamentais na organização da categoria.
A assembleia do dia 08 aprovou a indicação da diretoria do Sindicato de adesão à greve e deu maior visibilidade ao movimento. Em cada escola, o corpo docente se reunia para discutir a paralisação.
E foi assim que muitos professores conseguiram superar os obstáculos que frequentemente se erguem contra a sua mobilização, entre eles o controle autoritário exercido por muitas escolas e o conservadorismo que caracteriza parte de sua clientela.
A coragem e a resistência foram em grande parte motivadas pelas mudanças absurdas que Temer tenta enfiar goela abaixo da sociedade, mas isso por si só não explica a força política demonstrada pela categoria.
Veja aqui as fotos do dia 28/04 - Greve Geral |
A mobilização resultou de uma ação coletiva e organizada, capilarizada nas escolas a partir da direção política dada pelo SinproSP, junto com boa parte do movimento sindical. Não por acaso, um dos pilares da reforma trabalhista é a quebra dos sindicatos, pela negociação direta entre patrões e empregados nas empresas e pela perda de receita das entidades.
O dia 28 de abril estabeleceu um novo marco na luta. Agora, a bonita resistência que os professores demonstraram na fria tarde do Largo da Batata precisa ser mantida a qualquer custo. É nisso que reside a nossa chance!
Movimento sindical começa a discutir próximas mobilizações
O Forum das Centrais Sindicais - formado pela CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB, CGTB, CSB, CSP-Conlutas e Intersindical - voltou a se reunir na 5a feira (04), em São Paulo, para discutir uma agenda de mobilização a partir de maio.>
O plano foi dividido em etapas. Entre os dias 08 e 12/05, a meta é pressionar os deputados em suas bases, nos locais onde eles foram mais votados. Entre os dias 15 e 19/05, a programação deve se concentrar em Brasília.
Concomitante, um comitê formado pelas centrais deve detalhar a chamada operação "Ocupa Brasília". A ideia é realizar uma grande marcha até a Capital Federal. A data ainda não foi definida, mas deve coincidir com os dias de votação.
Assim como ocorreu em março e abril, a ação do SinproSP estará orientada pelo Forum das Centrais.