Professores do ensino superior rejeitam contraproposta patronal
A assembleia dos professores do ensino superior votou contra a proposta apresentada pelo Semesp, sindicato que representa os mantenedores.
A proposta previa assinatura da convenção coletiva por um ano, reajuste de 4,53%. Os representantes patronais também recusaram a definição de piso salarial para a categoria, uma das principais reivindicações. Também não houve acordo para a regulação da atividade dos tutores no EaD.
Uma das principais reivindicações da categoria era a assinatura da Convenção por dois anos. A manutenção dos direitos coletivos até fevereiro de 2019 tornou-se ainda mais importante diante dos ataques que a legislação trabalhista vem sofrendo.
Proposta patronal não atende às reivindicações da categoria |
Os professores e demais trabalhadores do ensino superior tendem a ser os mais prejudicados pela terceirização e pela reforma trabalhista, que prevê a flexibilização da CLT.
Retorno às negociações e indicativo de greve
Com a rejeição da proposta, as negociações devem continuar. Entretanto, a assembleia aprovou um indicativo de greve e autorizou o SinproSP a instaurar dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, se não houver uma nova proposta razoável dos patrões.
Greve geral contra a terceirização e as reformas trabalhista e previdenciária
A assembleia também discutiu a ofensiva contra os trabalhadores com a reforma trabalhista, a terceirização e a reforma previdenciária.
O presidente do SinproSP falou da greve geral que está prevista para a segunda quinzena de abril (a data ainda não foi definida) e da importância da participação dos professores. Ele chamou os professores presentes à assembleia para uma reunião no dia 08/04
, onde serão discutidas as estratégias para a greve geral.Barbagli também comentou que o SinproSP apoia as manifestações que estão previstas para o dia 31 de março.