Professores do Sesi/Senai rejeitam proposta patronal
Reunidos em assembleia no SinproSP, na quarta-feira (22), os professores e técnicos de ensino do Sesi/Senai rejeitaram a proposta patronal.
Ela prevê reajustes de 4% no salário e 7% nos vales refeição e alimentação. A proposta rejeitada pela categoria fica abaixo na inflação acumulada no período, projetada em 5%. Além disso, o Sesi/Senai quer assinar o acordo por apenas um ano.
Por um acordo de dois anos
Diante de um cenário nada promissor causado pela ameaça da reforma trabalhista que está no Congresso, os sindicatos defendem a assinatura de acordo coletivo que garanta o reajuste e os direitos dos professores e técnicos de ensino por dois anos.
Definidas em assembleia realizada em novembro do ano passado, as principais reivindicações da categoria são: a manutenção das cláusulas sociais até fevereiro de 2019, reposição integral da inflação em 2017 (projetada em 5%) e, para 2018, reposição integral da inflação mais 50% de aumento real.
O Sesi/Senai recusou a proposta dos professores e usou como desculpa crise financeira que impede a projeção de orçamento para o próximo ano.
O diretor do SinproSP e presidente da Fepesp, Celso Napolitano, durante a assembleia ressaltou que “Eles dizem que não têm uma projeção para 2018, mas isso não é verdade. O SinproSP negocia com outra entidade que tem a mesma forma de sustentação do Sesi/Senai, que pretende fechar o acordo por dois anos”.
A assembleia deliberou pela continuidade das negociações. Uma nova assembleia será realizada em breve.
Reformas e mobilização
No começo da assembleia foi destinado à discussão das reformas previdenciária e trabalhista. Celso Napolitano falou da importância da categoria pressionar os deputados. “A reforma representa a destruição da Previdência Social. O governo também quer desmontar a CLT”, afirmou. “Essas propostas afetam todos os trabalhadores, no prédio da Fiesp só Paulo Skaf será beneficiado”, ressaltou.
Foi distribuída a ‘Cartilha dos Professores’, um material produzido pela Fepesp, que resume as principais ameaças.
Foram discutidas varias formas de enfrentamento, entre eles um abaixo-assinado virtual
exigindo a rejeição da reforma da Previdência.Os professores devem levar a discussão para dentro das escolas. Para isso é muito importante ter informações precisas do que está em jogo. O SinproSP tem produzido muito material de qualidade principalmente sobre a aposentadoria dos professores de Educação Básica.
Foi pedido para os professores compartilharem os posts sobre assunto que estão na página do SinproSP no facebook.
Ainda sobre as ações para mobilizar a categoria, um dos professores presentes propôs aderir à greve geral no dia 15 de março, mas a proposta não foi aceita pela assembleia. A orientação é que cada unidade discuta ações possíveis para esse dia, inclusive a possibilidade de paralisação.
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