Mantenedores querem reduzir direitos da Convenção Coletiva
A comissão do sindicato patronal do ensino superior (Semesp) definiu quais as cláusulas da Convenção Coletiva que deseja rever na próxima data base. E essa relação não é pequena.
Da restrição a bolsas de estudo e plano de saúde ao pagamento de salários mais baixos aos recém-contratados e redução de custos na demissão, os patrões apresentaram suas próprias reivindicações. Eles parecem apostar numa eventual reforma trabalhista que flexibiliza a legislação e reduz os direitos. Por que não fazer o mesmo nas Convenções Coletivas? O resultado está aqui:
a) Bolsas de estudo: limitacão a 5% das vagas nos cursos ′regulados′ , como Direito e Medicina
b) Plano de saúde: transferência de custos para os professores; medidas restritivas como carência e inexistência do direito no contato de experiência
c) Reajuste: possibilidade de não concessão do reajuste aos recém-contratados, o que levaria à redução da folha de pagamento, ao fim da isnomia e à demissão dos professores mais antigos
d) Hora extra: redução do adicional de 100% para 50%
e) Adicional noturno:redução do adicional de 25% para 20%
f) Indenização adicional: fim do aviso prévio de 15 dias ao professor com mais de 50 anos
g) Atraso na homologação da rescisão contratual: fim da multa adicional a partir do 20o dia de atraso
Na rodada de negociação do dia 30/01, plano de saúde e bolsa de estudo foram os dois principais temas. Mesmo sem o detalhamento das propostas, elas trazem uma certeza: a conjuntura é de dificuldade e exigirá muita resistência de nossa parte!
Acompanhe aqui todas as notícias sobre a Campanha Salarial 2017 |