Assembleia aprova pauta de reivindicações da campanha salarial 2017
Texto atualizado em 28/11/2016, 14h50
Foi realizada no SinproSP, dia 26/11, assembleia para discussão das principais reivindicações para a próxima Campanha Salarial. Os professores também aprovaram a previsão orçamentária do SinproSP para 2017.
A campanha salarial vai abranger apenas o ensino superior, Sesi e Senai. Na educação básica, o reajuste já está definido e os direitos coletivos estão assegurado, porque a Convenção Coletiva vale até fevereiro de 2018.
No início da assembleia, o presidente do SinproSP fez uma referência à morte de Fidel Castro, salientando o seu papel histórico e a sua importância para o mundo contemporâneo.
A pauta no ensino superior
Os professores decidiram por uma pauta enxuta, priorizando reajuste e piso salarial, manutenção dos direitos coletivos já existentes na Convenção Coletiva e regulamentação do trabalho na Educação a Distância (EaD).
Para o piso salarial, a decisão foi reivindicar valor mínimo para a hora-aula de R$ 35,00. Quanto ao reajuste, a assembleia aprovou duas propostas que preveem cenários diferentes nas negociações. A primeira foi pensada para uma Convenção Coletiva assinada por dois anos. A segunda, para uma Convenção de apenas um ano:
Propostas de reividicações para reajuste salarial
1º cenário: Convenção Coletiva de dois anos (1º/03/2017 a 28/02/2019)
em março de 2017: reposição integral da inflação (estimada em 6%)
em março de 2018: reposição integral da inflação (estimada em 5%) e aumento real de 50% da inflação nos últimos 12 meses. Total estimado: 7,5%
2º cenário: Convenção Coletiva de um ano (1º/03/2017 a 28/02/2018)
em março de 2017: reposição integral da inflação (estimada em 6%) e aumento real de 25% da inflação nos últimos 12 meses. Total estimado: 7,5%
Quanto à regulamentação da EaD, devem ser elaboradas em âmbito estadual, cláusulas que visem principalmente, definir a atribuição dos tutores; fixar um número de alunos por turma e garantir isonomia salarial a quem leciona nos em cursos presenciais e a distância.
A pauta no Sesi e Senai
A proposta de reajuste salarial é a mesma aprovada para os professores do ensino superior.
A assembleia também deliberou por mais uma reivindicação econômica: a recuperação da perda de 2016, decorrente da divisão do reajuste salarial (o índice integral só começou a ser pago em julho). Essa perda está estimada em 20% de um salário. O valor poderia ser pago sob forma de abono.
Outras questões também foram debatidas, como abono de faltas para realização de exames médicos, acompanhamento de idosos.
A pauta ainda prevê a disponibilização de computadores em número suficiente e rede wi-fi nas salas de aula e salas de professores. Onde a a rede não for de boa qualidade, os diários eletrônicos devem ser disponibilizados em aplicados para uso off-line.
Está agendada para 29 de novembro ma reunião de âmbito estadual, junto com a Fepesp e os 27 sindicatos que a integram, para discutir as propostas recebidas nas assembleias municipais e estabelecer uma pauta unificada para todo o Estado.
A ideia é apresentar as reivindicações e iniciar as negociações ainda em 2016.