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A participação nos lucros 2016 na educação básica em perguntas e respostas

Atualizada em 05/10/2016 15:51

1. Qual o valor da PLR e do ‘abono especial’?

Em 2016, a participação nos lucros ou resultados (PLR) ou o ‘abono especial’ é de 12%, sobre o salário de outubro. E por que mudou em relação ao ano passado?

A PLR é uma conquista da campanha salarial e por isso, pode variar a cada ano. Desde que começou a ser negociada, em 1996, ela já foi de 12%, 15%, 18%, 24% e chegou a 30% em 2015, mas vinculada ao número de faltas. Como a Convenção Coletiva de Trabalho foi assinada por dois anos, a PLR já está assegurada em 2017 e será de 18%.


2. Quem tem direito a receber a PLR ou o ′abono especial′?

Todos os professores e funcionários de escolas privadas de educação básica de São Paulo em atividade e que foram admitidos até 31 de julho de 2016. Também tem direito quem se encontra em licença maternidade (veja questão 7); licença médica de até seis meses (veja questão 8) ou ainda em licença remunerada. O benefício foi garantido ainda a todos os que estavam contratados em 1º de março de 2016, mas saíram da empresa no primeiro semestre. O valor foi pago na rescisão contratual.

Leia também o Comunicado Conjunto Fepesp/Sieeesp 02/2016


3. Qual o prazo máximo do pagamento da PLR?

A participação nos lucros deve ser paga até 15 de outubro de 2016. Se você não receber, avise imediatamente o Sindicato


4. A participação nos lucros é obrigatória? Onde está prevista?

A participação nos lucros é tratada em duas cláusulas da Convenção Coletiva dos professores de educação básica: a cláusula 14 estabelece os percentuais que devem ser pagos nos anos de 2016 (12%) e de 2017 (18%).

Já, a cláusula 3 permite que a escola possa optar por um reajuste maior nos salários desde março em substituição à PLR. O acréscimo é de 1%, de maneira que o índice oficial do reajuste salarial passe de 7% para 8%, entre março e agosto, e de 11,5% para 12,5%, a partir de setembro de 2016.


5. Instituições de ensino religiosas, filantrópicas ou sem fins lucrativos também estão obrigadas a pagar a PLR ?

Escolas que acreditam ter restrições para distribuir resultados a seus professores podem optar por pagar os 12% como ‘abono especial’ ou aplicar aos salários o reajuste adicional de 1% (veja questão 4).

O ′abono especial′ na educação básica não se incorpora aos salários e também está previsto na cláusula 14.


6. Escolas de educação básica que pagam o piso salarial também estão obrigadas a pagar a PLR ou o ′abono especial′?

Sim. A cláusula 6, parágrafo 3º da Convenção Coletiva dos professores de educação básica é incisiva:

"§3º As escolas que remunerarem os seus professores pelo piso salarial estão obrigadas a conceder a Participação nos Lucros e Resultados ou o Abono Especial, nos termos estabelecidos por esta Convenção Coletiva".


7. Quem está em licença maternidade também recebe a PLR ou o ′abono especial′?

Sim. Durante a licença maternidade continuam garantidos todos os direitos de quem está em exercício na escola. Está regulamentado no Comunicado Conjunto Fepesp/Sieeesp 02/2016


8. Quem está afastado por motivo de doença tem direito à PLR ou ao ′abono especial′?

Sim, desde que em licença médica de até seis meses. Está regulamentado no Comunicado Conjunto Fepesp/Sieeesp 02/2016


9. Há desconto do INSS na PLR e no ′abono especial′?

Não, a PLR e o ′abono especial′ estão isentos de contribuição previdenciária.

Instrução Normativa RFB 971, de 13/11/2009

Art. 58 - Não integram a base de cálculo para fins de incidência de contribuições:

(...)

X – a participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com a lei específica;

(...)

XXX– o abono único previsto em Convenção Coletiva de Trabalho, desde que desvinculado do salário e pago sem habitualidade (incluído pela Instrução Normativa RFB 1.453, de 24 de fevereiro de 2014).


10. A PLR e o ′abono especial′ têm desconto de imposto de renda?

Na Participação nos Lucros, a tributação é diferenciada. Valores até R$ 6.677,55 estão isentos de imposto de renda. Acima disso, a tributação segue uma tabela especial, diferente da que é aplicada aos salários. Como ocorre com o 13º salário, o desconto é exclusivamente na fonte, em separado do salário.

Já, no ′abono especial′, ele é somado e tributado junto com a remuneração recebida no mês, com a tabela progressiva mensal, usada para calcular o desconto nos salários.

Tabelas progressivas de Imposto de Renda para os salários e a Participação nos Lucros


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