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Laboratório da 32ª Bienal termina com sucesso

Atualizada em 10/06/2016 12:47

Durante quatro encontros, professores e os responsáveis do departamento educativo da 32ª Bienal de São Paulo se reuniram no Sinpro-SP para discutir arte contemporânea e os possíveis caminhos alternativos para ela ser inserida nos programas pedagógicos, tantas vezes previsíveis, pré-formatados e sisudos.

Responsável por trazer o evento ao Sindicato, a professora de arte e diretora do Sinpro, Beth Vespoli explica que a arte contemporânea causa estranhamento porque muitos ainda acreditam que a “arte” deve que seguir o conceito comum de materiais e técnicas apuradas. “A arte contemporânea é um acontecimento e está em todo lugar, você pode lançar mão de qualquer tipo de material, qualquer forma de técnica. Então, não necessariamente o artista vai produzir o que as pessoas estão esperando ver”.

Beth explica que é comum o professor encontrar dificuldades em trabalhar a arte contemporânea dentro da escola, lugar que normalmente remete à formalidade e rigidez. Daí a importância de um evento onde o professor possa encontrar meios para inserir a arte no ensino de disciplinas como física, biologia, geografia e outras. “O professor vem ao Sindicato em busca de algo respirar algo de vanguarda. Após o encontro eu notei muitos saindo daqui muitos satisfeitos, querendo colocar em prática o que aprenderam”, disse.

Metodologia de trabalho

Outro ponto que merece destaque no Laboratório foi a metodologia aplicada. Em vez de assistirem passivamente por horas a ima palestra, os participantes eram separados em pequenos grupos. A produtora de conteúdo da Bienal, Regiane Ishii, explica que a divisão facilita a interação e a troca de experiências.

Durante os encontros, os grupos analisavam o processo artístico de criação de um determinado artista e refletiam como aquilo poderia ser inserido no trabalho em sala de aula. “Nós poderíamos ficar discutindo conceitos, temas ou artistas, mas nós conseguimos discutir tudo isso sempre entrelaçado com os processos criativos e pedagógicos juntos”, disse Regiane.

Ela também ressaltou a importância de trabalhar, de forma prática, o que foi discutido durante os encontros. Ou seja, aproximar da realidade aqueles conceitos que estavam no campo abstrato. “Quando colocamos os professores em uma situação propositiva como a de desenhar um mapa, eles vivem na pele um processo e não mais estão tratando dele no âmbito das ideias. Isso é bastante positivo tem muita ligação com a prática do educador”.

Sinpro e Bienal

A parceria entre o Sinpro-SP e a Bienal de São Paulo já é antiga. Por mais de 6 anos o Sindicato recebe os projetos educativos da Bienal por acreditar que a arte pode se fazer presente em todas as disciplinas das mais diversas formas.

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