Sinpro-SP abre frentes de ação e pressiona por proposta salarial digna
Duas novas rodadas de negociação devem ocorrer nos dias 09 e 10, respectivamente, com os sindicatos patronais do ensino superior (Semesp) e da educação básica (Sieeesp).
As reuniões foram marcadas uma semana depois de a assembleia dos professores ter autorizado o Sinpro-SP a pedir mediação na Justiça do Trabalho, como mais uma alternativa para resolver a questão salarial dos professores.
Assim, a Campanha Salarial se desdobra em duas frentes. No campo jurídico, os advogados do Sinpro-SP já começaram a preparar a ação no Tribunal Regional do Trabalho. No campo político, mais uma tentativa de negociação direta com os patrões.
As duas frentes têm o mesmo objetivo: buscar uma solução para o reajuste salarial dos professores. Num certo sentido, o recurso ao TRT já atendeu a uma das expectativas dos professores que estiveram na assembleia do dia 30/04: ser também um meio de pressão para exigir maior seriedade dos patrões na negociações.
ENTENDA MAIS SOBRE A AÇÃO DE MEDIAÇÃO |
Propostas
Nos três segmentos – educação básica, ensino superior e Sesi/Senai – os patrões propõem pagar o reajuste em duas parcelas, a primeira delas de 7% em março (5,5% no Sesi/Senai). O maior problema é saber quem vai pagar a conta dos meses em que o salário for corrigido abaixo da inflação.
Os patrões querem mandar a fatura para os trabalhadores. Em suas contas, a reposição integral da inflação, mesmo que em parcelas, recomporia a base salarial sobre a qual seria aplicado o reajuste da próxima data base, em março de 2017. Dessa maneira, a perda não seria eternizada.
O Sinpro-SP não aceita e defende que essa diferença precisa ser paga aos professores em algum momento. Na educação básica, por exemplo, o Sieeesp propôs um acordo por dois anos, com parcelamento do reajuste não só em 2016, mas também em 2017. Não dá...
Esse foi um dos principais motivos que levaram a assembleia de 30/04 a seguir a orientação da diretoria do Sinpro-SP e rejeitar todas as propostas patronais.
Sesi/Senai
Junto com a Federação dos Professores e outros sindicatos do Estado que representam quase 80% dos professores do Sesi e do Senai no Estado, o Sinpro-SP decidiu recorrer à Justiça do Trabalho. As negociaçōes foram suspensas em abril, diante da conduta inflexível da Fiesp. Dinheiro, só pra pagar a campanha do pato e financiar o impeachment.