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Primeiro de Maio

Atualizada em 28/04/2016 21:55

O 1o de Maio é um dia simbólico para os trabalhadores. Um dia de relembrar a luta e reafirmar o compromisso de todos, independentemente da categoria profissional.

Em 2016, deve ser principalmente um dia de alerta para as graves ameaças que afrontam todos os trabalhadores. Há um claro recrudescimento de forças conservadoras que se manifesta na política nacional, mas também no nosso dia-a-dia.

Terceirização, ′prevalência do legislado sobre o negociado′ e outros ataques

No âmbito político, há um ambiente propício a mudanças que eliminam direitos dos trabalhadores.

As ameaças não são novas. O que parece estar mudando é a correlação de forças, com vantagem para o empresariado que pressiona como nunca pela alteração da legislação trabalhista.

Em março, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – Diap divulgou uma relação de 55 propostas em tramitação no Congresso que ameaçam trabalhadores. Esse número é maior, se consideramos que muitos dos assuntos estão sendo discutidos em mais de um projeto de lei.

Criado em 1983, o Diap é um órgão mantido por mais de 900 entidades sindicais para acompanhar os projetos de lei de interesse dos trabalhadores. Tem um corpo técnico altamente qualificado, reconhecido em todo o país.

Segundo o Diap, desde a promulgação da Constituição Federal, em 1988, nunca se viu um número tão expressivo de propostas que ameaçam direitos.

Os mais graves e que ferem de morte os trabalhadores tratam da terceirização e da redução ou supressão de direitos previstos em lei por meio de acordos coletivos.

O primeiro projeto de lei sobre terceirização começou a tramitar em 1998. E a primeira proposição que prevê a prevalência do negociado sobre o legislado é de 2001. Agora, o risco de aprovação parece ganhar força.

Campanha salarial

Esse movimento se reflete na vida de cada professor. A ofensiva patronal nesta Campanha Salarial é o maior exemplo. Pela primeira vez, os três segmentos com os quais o Sinpro-SP negocia – escolas de educação básica, instituições de ensino superior e Sesi/Senai – se uniram para enfrentar os sindicatos e dificultar ao máximo as negociações.

Prova disso é que todos apresentaram propostas de reajuste salarial parcelado, ainda que tenham dinheiro. Como o Sinpro já divulgou, o aumento das mensalidades no inicio do ano embutiram o reajuste dos professores na data base.

Desnecessário lembrar do acintoso gasto da Fiesp com a campanha do pato e a campanha pelo impeachment. Paulo Skaf parece só não ter dinheiro para pagar professores.

Contra essa ofensiva neoliberal, não há outra alternativa senão a resistência ativa dos professores. Vamos então à luta.

Feliz Dia do Trabalhador!

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