Sindicatos e patrões debatem EaD e a figura do tutor
Texto publicado pela Fepesp em 06/04
Nesta semana, a Fepesp deu mais um passo na campanha salarial do Ensino Superior. Representantes da Federação e do Semesp, o sindicato das mantenedoras, se reuniram para debater um assunto de grande relevância: o ensino à distância (EaD) e a figura do tutor. A pedido da Fepesp, o patronal havia se comprometido a discutir a questão em uma reunião específica. É a primeira vez que as duas entidades se encontram para debater o tema.
No início do mês o ministro da educação, Aloizio Mercadante, homologou uma nova resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) com diretrizes e normas para a educação à distância. No Brasil, a modalidade vem registrando crescimento de 18% ao ano em número de matrículas.
De acordo com a resolução, o tutor possui nível superior e se encontra enquadrado na categoria de profissional da educação. Cabe a ele a atuação na área de conhecimento de sua formação, como suporte às atividades dos docentes e mediação pedagógica, juntos a estudantes, na modalidade de ensino à distância.
Por ser um dos mediadores da relação de ensino-aprendizagem, e ter importante papel no processo, a Fepesp entende que deve haver uma regulamentação da figura do tutor. Ainda que as atribuições sejam diferentes, ele deve ter um treinamento docente para exercer a função.
Houve vontade política por parte do Semesp para discutir com maior profundidade a questão. Com a intenção de inserir o tutor na convenção coletiva, ficou acertado que a Fepesp entregaria um primeiro capítulo para debate.
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Para fomentar a discussão de um dos assuntos debatidos na Campanha Salarial do Ensino Superior, a Revista Giz publicou em março um artigo sobre o papel de tutor nas práticas educacionais. Confira aqui.