Começam as negociações salariais no ensino superior
Aconteceu no dia 15/01 a primeira rodada de negociação com o Semesp, sindicato que representa as instituições privadas de ensino superior. Foram estabelecidas as regras para as negociações salariais, entre eles o calendário de reuniões.
Os patrões receberam da Federação dos Professores (Fepesp) a relação dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho que os sindicatos querem manter, nenhuma alteração. Eles representam 65% das 55 cláusulas atuais, como adicional noturno de 25%, bolsa de estudo, plano de saúde, isonomia salarial, garantia semestral de salários, pedido de demissão no final do ano.
A próxima reunião ocorrerá dia 22/02, segunda-feira. O Semesp se comprometeu a responder se concorda com a manutenção dessas cláusulas.
Convenção Coletiva
As 55 cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho dos professores de ensino superior são importantes porque regulam o trabalho docente nas instituições privadas desde a admissão até o desligamento do professor. Garantia semestral de salários, bolsa de estudo (gratuidade), recesso de 30 dias, hora-atividade estão entre os direitos mais conhecidos e importantes.
Cada uma dessas cláusulas pode ser renegociada a cada campanha salarial. Em 2016, a pauta de reivindicações dos professores está dividida em três grandes grupos: as propostas que têm impacto econômico, a inclusão de novos direitos coletivos e a renovação de cláusulas preexistentes.
Em relação à ampliação de direitos coletivos que normatizam o trabalho nas IES, a regulamentação das tutorias e do trabalho a distância no ensino semipresencial são vistas como questões prioritárias.
Reajuste
As principais reivindicações de natureza econômica são reajuste de 15% em março e participação nos resultados de 30%.
Com uma inflação projetada para mais de 10,5%, a questão salarial promete ser um dos maiores desafios para a categoria. O custo de vida elevado “encurta” o prazo paras as negociações, diante da necessidade de estancar as perdas salariais.
Negociações
A Campanha Salarial é unificada e coordenada pela Federação dos Professores do Estado de São Paulo, da qual o Sinpro-SP faz parte, junto com outros 25 sindicatos. As negociações são feitas em quatro frentes: com o Semesp, sindicato dos mantenedores de ensino superior, Sieeesp, que representa as escolas de educação básica, Sesi/Senac e Senac.
No Senac, só serão discutidas as cláusulas da natureza econômica, já que as cláusulas sociais têm vigência até fevereiro de 2017.
A data base dos professores e trabalhadores não docentes é 1º de março.