Mais uma denúncia de assédio moral no Senai
Mais uma denúncia de assédio no Senai. Desta vez, a vítima são os técnicos de ensino. Eles estão sendo ‘convidados’ a escreverem uma carta solicitando a mudança de função, passando de técnicos de ensino para ‘instrutores’.
Pior ainda: eles foram avisados de que continuarão exercendo exatamente as mesmas atividades. Ora, por que então mudar de função? Afinal, o que leva uma empresa a sugerir a seus funcionários a redação de uma carta falsa, como se a iniciativa de mudança partisse do trabalhador?
A resposta todo mundo sabe: por enquanto, os “instrutores” não são reconhecidos pelo Senai como “professores”, representados pelo Sinpro e protegidos pelo Acordo Coletivo aplicável aos professores e técnicos de ensino, com os mesmos direitos coletivos.
Além da tentativa de redução de direitos, há também uma questão moral. Tem que ser muito cara de pau pra sugerir uma coisa dessas.
Independentemente da motivação, é um absurdo que uma empresa faça esse tipo de proposta aos seus funcionários. É assédio e da pior qualidade. O Sinpro-SP orienta os técnicos de ensino a não redigirem nem assinarem coisa alguma.
Como a denúncia surgiu em diferentes sindicatos, a Fepesp marcou uma comissão de acompanhamento com o Senai. Esse será um dos problemas a serem discutidos.