Anhembi Morumbi faz seleção para criar exército de reserva
A Anhembi-Morumbi inovou: abriu seleção pública para não contratar professores. É a primeira vez que uma instituição cobra para montar um exército de reserva de mão-de-obra.
Por módicos R$ 150,00, mestres ou doutores podem se inscrever e fazer uma prova, a cargo da Vunesp. Os aprovados passam a fazer parte de um “cadastro de docentes”, que, futuramente poderão ser chamados para uma “aula teste” e entrevista, quando houver vagas disponíveis.
O edital traz as áreas e cursos em que esse cadastro poderá ser usado, mas adianta que as vagas (sic) “poderão ser alteradas em qualquer etapa do Processo Seletivo”.
A proeza não para por aí. Segundo o Edital, o número de horas-aula contratadas pode variar a cada semestre, pois “depende do número de alunos matriculados e do número de turmas constituídas”. Tudo isso a despeito da Convenção Coletiva de Trabalho, que disciplina os procedimentos de mudança de carga horária e limita a liberdade do patrão para aumentar ou reduzir o número de aulas.
Diante de tantos absurdos, a orientação que o Sinpro dá é: não participem desse despropósito disfarçado de processo seletivo. Boicote ao exército de reserva da Anhembi Morumbi.