Direitos

Seminário da Contee discute privatização do ensino no Brasil e no mundo

Atualizada em 25/09/2015 14:48

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) realizou nesta semana um seminário internacional para debater os diferentes modos de privatização da educação no mundo e as estratégias globais e locais de enfrentamento.

O seminário trouxe pesquisadores brasileiros entre eles Angelo Gavrielatos – Diretor mundial de privatização e mercantilização da educação da Internacional da Educação (IE) e ex-presidente do sindicato dos educadores australianos União Educação (AEU), Susan Robertson – Pesquisadora e especialista em Economia Política Educativa e professora de Sociologia da Educação da Universidade de Bristol, no Reino Unido, San Seller – Pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Queensland, na Austrália, especialista em políticas de educação global, Antonio Olmedo – Pesquisador da Universidade de Roehampton, no Reino Unido, e especialista em Educação, Políticas Neoliberais, Redes e Grupos de Pressão. Entre os brasileiros destacaram-se o Prof Celso Napolitano e a Prof. Madalena Guasco ambos diretores do Sinpro-SP.

Os participantes do seminário se dedicam a estudar os processos de privatização da educação no mundo. Entre os temas estiveram presentes a influência das corporações, provas externas de avaliação como PISA (Programme for International Student Assessment), padronização de provas, mercantilização da educação em nível global, o avanço de grupos privados na América Latina entre outros.

No caso brasileiro, a privatização foi discutida sob diferentes perspectivas. No ensino superior, o crescimento da rede privada não é um fenômeno novo, mas ganhou uma nova dimensão em decorrência de três fatores: a política de financiamento com recursos públicos, como Prouni e Fies, a abertura de capital em bolsas de valores e a entrada de investidores estrangeiros no país.

Na educação básica, setor em que mais de 80% das matrículas estão concentradas na educação pública, a privatização se manifesta na gestão de escolas públicas pela iniciativa privada (as chamadas ‘escolas chartes’) e a ‘venda’ de projetos pedagógicos (sistemas apostilados, consultorias, cursos de formação continuada de professores etc.)

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