Professores do Sesi/Senai rejeitam proposta patronal
O professores do Sesi e do Senai reunidos em assembleia no SINPRO-SP na manhã desta quinta-feira, 26/3, rejeitaram por ampla maioria a proposta patronal de acordo e protestaram contra a precarização das condições de trabalho nas unidades em toda a cidade.
Durante a assembleia, foram relatadas inúmeras ocorrências, problemas que vêm afetando o cotidiano dos professores. Entre as questões mais reportadas: atividades realizadas fora da carga de trabalho contratual, atividades que estão fora da função docente, aumento do número de alunos por sala de aula, redução de aulas e as muitas dificuldades enfrentadas com o diário eletrônico, além de “convite” para realização de curso por conta dos próprios professores. A maioria dos docentes afirmou ter sido vítima de assédio moral nos últimos meses.
A assembleia aprovou manifesto a ser divulgado para toda sociedade nos próximos dias. O material será distribuído nas unidades para professores, pais e alunos e tem o objetivo de tornar públicas as difíceis condições de trabalho docente e o modelo pedagógico autoritário do Sesi.
Os professores também decidiram realizar paralisação, com nova assembleia no Sindicato no dia 9 de abril, para analisar uma possível contraproposta patronal e deliberar sobre a continuidade do movimento.
O SINPRO-SP vai comunicar ao Sesi e ao Senai a decisão da assembleia e buscar a retomada das negociações, além de tomar providências jurídicas.
A proposta rejeitada
A proposta rejeitada pela assembleia estabelecia 7,68% de reajuste (7% em março de 2015 e o restante em janeiro de 2016), mais 15% de abono salarial em outubro. Além disso, o reajuste no vale-refeição e no vale-alimentação foi considerado aviltante.
Fotos: Antonio Carlos Barboza