Negociações na educação básica: proposta à vista?
Ainda não há acordo, mas as negociações salariais na educação básica podem estar próximas de uma proposta para ser analisada pelas assembleias de professores e funcionários. Esse foi o saldo de mais uma rodada com o sindicato patronal (Sieeesp), dia 08/04.
Na pauta, a resposta dos sindicatos e das federações à contraproposta mais recente do Sieeesp, apresentada na semana anterior.
Depois de mais de dois meses, os patrões recuaram e propuseram um reajuste de 6,37% em 2014 e aumento de 2% acima da inflação em 2015. Também retiraram a maior parte das propostas feitas no início da Campanha, mas mantiveram três delas: participação nos lucros (PLR) vinculada à assiduidade de professores e funcionários; possibilidade de divisão das férias dos professores nos cursos de período integral e limitações na garantia semestral de salários.
Para os sindicatos e as federações, o maior problema está nessas alterações e por isso elas foram, mais uma vez, recusadas. Ainda assim, as entidades entendem que há espaço para se buscar uma solução. Essas decisões foram tiradas por consenso após um longo debate que reuniu sindicatos de todo o estado.
As conversações devem continuar nos próximos dias e a expectativa é por uma proposta final, construída na mesa de negociação.
Além das questões patronais, há também a pauta dos trabalhadores que prevê uma política específica para o piso, com aumento de 20% acima dos reajustes; hora-tecnológica e limite do número de alunos por classe, entre outros.
Os sindicatos devem chamar assembleias ainda em abril para avaliação das propostas existentes.
Fonte: FEPESP