Negociações no ensino superior continuam

Na assembleia que o SINPRO-SP realiza no dia 15 de junho, os professores do ensino superior deverão ter uma proposta para analisar, discutir e deliberar sobre a nova convenção coletiva de trabalho.

Depois de semanas de andamento das tratativas salariais, a comissão de negociação formada por representantes das mantenedoras e dos professores vem construindo um encaminhamento para a conclusão da campanha salarial deste ano.

Em pauta, dois grandes eixos: aumento do poder aquisitivo e mudanças estruturais nas relações de trabalho docente.

Com a recomposição inflacionária garantida, as negociações estão agora focadas no aumento do poder aquisitivo dos professores, como previa a pauta de reivindicações. Para avançar nesse sentido, o SINPRO-SP e os demais sindicatos do estado de São Paulo vem dialogando com os patrões na busca de todas as alternativas possíveis (aumento, PLR ou benefícios) para aumentar a massa salarial da categoria.

Relações de trabalho

O segundo grande eixo de negociações, sobre as relações de trabalho, caminha na direção de garantir o comprometimento dos patrões nas discussões - que, pela complexidade dos temas, são de longo prazo -, mesmo depois da assinatura da nova convenção.

O objetivo é criar uma dinâmica permanente de negociação para demandas como remuneração pelo trabalho tecnológico, a regulamentação das atividades a distância e EaD, piso salarial e adicional por titulação, e assim assegurar que sejam, de fato, discutidas pelos mantenedores.

As negociações seriam realizadas por eixos temáticos. Havendo acordo sobre determinado tópico, a mudança ocorreria já na convenção coletiva seguinte. Desta forma, a data-base concentraria as questões salariais, já que as relações de trabalho estariam inscritas numa agenda mais ampla de negociações contínuas, durante todo o ano.

Essas questões estão sendo tratadas nas rodadas finais de negociação que antecedem a assembleia dos professores no próximo dia 15, no auditório do Sindicato.