UNIESP será alvo de investigação na Assembleia Legislativa de São Paulo
Luiz Antonio Barbagli, presidente do SINPRO-SP, denuncia as irregularidades da UNIESP a Carlos Giannazi |
A UNIESP será convocada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo a prestar esclarecimentos sobre as inúmeras denúncias de irregularidades. A instituição também será alvo da recém-criada CPI sobre o ensino superior privado no estado. Esses compromissos foram firmados pelo deputado estadual Carlos Giannazi, durante audiência pública sobre a UNIESP realizada na última terça-feira, 29/3.
O evento na Assembleia reuniu professores, alunos, pais de alunos e representantes de diversas entidades com o objetivo de expor os problemas e as dificuldades pelos quais vêm passando nos últimos meses. E o que se pôde constatar é alarmante: o número de denúncias só cresce.
Além das irregularidades de natureza trabalhista, que vêm sendo sistematicamente denunciadas pelo SINPRO-SP, a UNIESP foi acusada por alunos de gerir de forma arbitrária os processos para concessão de bolsas de estudo. Sem aviso prévio, suspendem a bolsa e os estudantes passam a ter que pagar mensalidades que não têm condições. Também foram apontados problemas com o financiamento estudantil (FIES) e ProUni.
Osvaldo Santos, diretor do SINPRO-SP, relata os vários problemas que afetam os professores |
Professores de diferentes unidades da UNIESP no estado relataram atrasos constantes de salário e, em alguns casos, por longo período. Um dos docentes lembrou que a instituição funcionava muito bem, sem problemas trabalhistas, até ser comprada pela UNIESP.
A instituição, que reúne faculdades e colégios em mais de 20 municípios de São Paulo, retém a contribuição do INSS, não deposita o FGTS, não faz corretamente as homologações dos professores demitidos e não honra com os compromissos que assume na Justiça.
Encaminhamentos
Além de convocar o mantenedor da UNIESP a prestar esclarecimentos à Comissão de Educação da Assembleia e de protocolar as denúncias na CPI, o deputado Carlos Giannazi informou que também vai levar o problema ao MEC. Ele esperar agendar uma audiência com o ministro para cobrar de Fernando Hadadd providências. As denúncias também serão encaminhadas ao Ministério Público e Ministério do Trabalho.
O SINPRO-SP vai acompanhar de perto todos esses encaminhamentos e continuará trabalhando em defesa dos direitos dos professores.
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Fotos: Antonio Carlos Barbosa de Oliveira