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Reunião no ensino superior debateu o pagamento das horas tecnológicas

Atualizada em 11/03/2011 16:31

O acréscimo de trabalho decorrente do uso de novas tecnologias educacionais foi o principal tema da rodada de negociação com o Semesp , sindicato das mantenedoras de ensino superior, dia 11/3.

Como em 2010, a Fepesp e os sindicatos voltaram a defender o pagamento das “horas tecnológicas”.

A proposta refere-se às atividades que têm sido agregadas ao trabalho docente nos cursos presenciais ou semipresenciais, especialmente pelas plataformas de interação com os alunos.

Mais uma vez, as entidades explicaram que não são contrários ao uso da tecnologia. Mas elas lembram que o uso de novos recursos educacionais aumentaram as exigências para os professores: uma disponibilidade de tempo cada vez maior,aperfeiçoamento tecnológico contínuo (além do aperfeiçoamento acadêmico), recursos materiais etc.

Segundo os representantes patronais, algumas instituições já pagam pela atividade a distância, embora não haja uma regra comum a todas as IES. Eles reconhecem que a questão é complexa e que precisa ser debatida.

“A regulamentação por meio da Convenção Coletiva deve definir parâmetros para todos”, afirmou o professor Luiz Antonio Barbagli, presidente do SINPRO-SP. “O pagamento também serviria para reduzir algumas exigências burocráticas, muitas vezes desnecessárias, e que hoje não custam nada para o patrão”.

Atividade docente

Como conseqüência também do uso intensivo de tecnologias educacionais, uma outra questão importante deve ser discutida na Campanha Salarial: a caracterização do trabalho docente, com a clara definição e regulamentação das atividades pedagógicas de professores e tutores.

Para o professor Celso Napolitano, da FEPESP, “os tutores que exercem atividade pedagógico não são técnicos administrativos e devem ter o trabalho reconhecido e os direitos garantidos”.

Reajuste

O Semesp não apresentou nenhuma resposta ao aumento de 9% reivindicado pelos trabalhadores. A Fepesp e os sindicatos querem definir primeiro o reajuste, se possível até o final de março, evitando o que ocorreu em 2010, quando o índice só foi fixado no final de maio.

Fonte: FEPESP

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