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Sesi Senai insistem em retirar direitos dos professores

Atualizada em 17/02/2011 12:21

Na segunda rodada de negociação, dia 15/02, os representantes do Sesi e do Senai rejeitaram todas as propostas apresentadas pelos professores e insistiram na retirada de direitos, como já haviam feito na reunião anterior (08).

Os patrões ainda avisaram: eles preveem negociações "difíceis" se os sindicatos disserem não a tudo. O alerta, porém, não serviu para intimidar.

Sindicatos dizem não

A Fepesp e os sindicatos insistiram: as propostas patronais são inaceitáveis em todos os aspectos e explicaram por que. Por mais de uma hora, Celso Napolitano, presidente da Fepesp, justificou cada um dos pontos.

O primeiro deles - o mais polêmico - foi a redução de salário. Celso falou da origem da hora-atividade e lembrou que, diante das exigências cada vez maiores sobre os professores, o certo seria o Sesi aumentar o adicional e não propor a sua redução.

O recesso também é uma questão inegociável. Na prática, o Sesi e o Senai querem acabar com mais esse direito quando propõem a supressão do parágrafo que proíbe a convocação dos professores durante o recesso.

Da mesma forma, todas as demais propostas que haviam sido apresentadas pelo Sesi foram rejeitadas.

Empresa cidadã é para os outros

O Sesi e o Senai não só insistiram no desmonte dos direitos, como também disseram não a todas as propostas apresentadas pela Fepesp e pelos sindicatos.

Quanto ao número de alunos por classe, o Sesi disse adotar limite de 32 , número que considera adequado. Precisamos saber: quantos alunos você tem na sua classe?

Ao recusar a ampliação para seis meses da licença gestante e adotante, a justificativa foi singela: "O Sesi e o Senai não têm nenhuma contrapartida". Em bom português: como eles já são beneficiados pela imunidade tributária, não teriam nenhuma vantagem em ampliar as licenças.

Sobre o vale-refeição, a justificativa é de que a "regra deve ser única para todos os trabalhadores".

Novas propostas

A Fepesp também apresentou novas reivindicações: pagamento do auxílio creche até que a criança complete um ano; inclusão de cláusula com obrigatoriedade de intervalo de descanso para os professores; regulamentação dos procedimentos para opção de jornada; atribuição de aulas para os professores de educação física do 1º ao 5º ano.

Apesar das orientações internas do Sesi, alguns professores ainda são obrigados a trabalhar sem direito a intervalo de descanso, especialmente no período integral. Por este motivo, os sindicatos querem incluir a obrigatoriedade do descanso no Acordo Coletivo.

Fonte: FEPESP

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