Campanha salarial

Sesi e Senai querem acabar com conquistas dos professores

Atualizada em 11/02/2011 15:51

Na primeira rodada de negociação da campanha salarial 2011, que aconteceu no último dia 8, a Fiesp mostrou que está disposta a retirar conquistas dos professores do Sesi e do Senai, em uma atitude arbitrária e desrespeitosa com a categoria.

Os representantes patronais “propuseram” diminuir a hora-atividade de 15% para 5%. Tal medida representaria uma severa redução salarial. E o retrocesso de anos de trabalho e negociação em prol de uma política de valorização do salário dos docentes do sistema “S”.

A Fiesp também quer acabar com o recesso dos professores, por fim ao adicional de 25% por atividades em outros municípios, flexibilizar a cláusula dos acordos coletivos sobre a hora extra para não ter que pagar pelo trabalho extraordinário, tais como aulas de reforço, participação em programa de formação continuada etc. Veja no quadro abaixo a relação das “propostas” patronais.

O SINPRO-SP e os demais sindicatos articulados em torno da FEPESP – entidade que representa os professores nas tratativas salariais – repudiam a atitude da Fiesp e avisam: não vão aceitar que a categoria seja prejudicada, com a redução de seus direitos e conquistas. Serão tomadas medidas jurídicas e políticas em defesa da dignidade do trabalho do professor.

A FEPESP vai lutar para a negociação de 2011 represente avanços e não retrocessos. Os professores querem discutir o limite do número de alunos por sala de aula, vale-refeição para o professor que trabalha em dois períodos, controle de frequência, além, do reajuste salarial de 9% a partir de março, que é a data-base da categoria.

A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 15/2.

As “propostas” do Sesi e do Senai:

• reduzir o adicional de hora-atividade para 5%
• alterar a cláusula do recesso para permitir a convocação do professor nesse período
• acabar com o adicional de 25% por atividade em outro município
• alterar o prazo de pagamento de salários para o 5º dia útil do mês seguinte
• flexibilizar a cláusula de hora extra para não considerar trabalho extraordinário: aulas extras de reforço escolar, participação em programa de formação continuada e realização de trabalhos adicionais nas avaliações de processos seletivos.
• restringir o abono de faltas para retirada de documentos e exigir comunicação prévia de 48 horas nas ausências para consultas médicas
• alterar as cláusulas sobre: comprovante de pagamento; atividade docente; vale-refeição; vale-alimentação; garantia semestral de salários; novas tecnologias, Comissão de Acompanhamento e contribuição sindical
• suprimir a cláusula sobre contrato por prazo determinado
• proibir a realização de assembleias e congressos sindicais em dias letivos
• reduzir o número de delegados sindicais

Com informações da FEPESP

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