Campanha salarial

Sesi/Senai: na primeira rodada de negociação, Fiesp mostra os dentes

Atualizada em 09/02/2011 17:23

Na primeira reunião de negociação da campanha salarial 2011 entre a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP), os SINPROs e os representantes do Sesi/Senai, em 8 de fevereiro, os empresários mostraram os dentes. Apresentaram uma "pauta de reivindicações" visando reduzir ou eliminar conquistas históricas dos professores do Sesi/Senai, conseguidas à custa de muita luta.

Entre as pérolas, está a proposta de redução salarial em 10%: a hora-atividade iria de 15% para 5%. Os empresários da Fiesp também querem acabar com o recesso dos professores e alterar a data de pagamento para o 5.º dia útil do mês seguinte.

"O que o patrão quer é atingir direitos valiosos para a categoria. Nós queremos a valorização dos profissionais da educação e não retrocesso", diz Celso Napolitano, presidente da FEPESP.

Nossa pauta

Antes que fosse discutida a pauta patronal, os sindicatos e a Fepesp entregaram as reivindicações dos professores. Entre os itens, estão: limite do número de alunos por sala, controle de frequência; e vale-refeição para professor que trabalha em dois períodos, independentemente do número de aulas;

A pauta econômica da Campanha vai ser discutida na próxima fase da negociação, seguindo estratégia dos sindicatos e Fepesp. Os professores reivindicam 9% de reajuste salarial a partir de março. A próxima reunião de negociação ocorre em 15 de fevereiro.

As propostas do SESI e do SENAI:

• reduzir o adicional de hora-atividade para 5%
• alterar a cláusula do recesso para permitir a convocação do professor nesse período
• acabar com o adicional de 25% por atividade em outro município
• alterar o prazo de pagamento de salários para o 5º dia útil do mês seguinte
• flexibilizar a cláusula de hora extra para não considerar trabalho extraordinário: aulas extras de reforço escolar, participação em programa de formação continuada e realização de trabalhos adicionais nas avaliações de processos seletivos.
• restringir o abono de faltas para retirada de documentos e exigir comunicação prévia de 48 horas nas ausências para consultas médicas
• alterar as cláusulas sobre: comprovante de pagamento; atividade docente; vale-refeição; vale-alimentação; garantia semestral de salários; novas tecnologias, Comissão de Acompanhamento e contribuição sindical
• suprimir a cláusula sobre contrato por prazo determinado
• proibir a realização de assembleias e congressos sindicais em dias letivos
• reduzir o número de delegados sindicais

Participação

É essencial a participação dos professores na mobilização a favor dos direitos e mais benefícios para a categoria.

Fonte: FEPESP

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