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Mesquinhez dos mantenedores dificulta negociações no ensino superior

Atualizada em 30/04/2010 13:15

As negociações no ensino superior ainda não foram concluídas. Os mantenedores empacaram numa proposta de reajuste insuficiente para recompor a o poder de compra dos salários.

Pra relembrar: a inflação no período março/2009 a fevereiro/2010 foi de 5,18%, segundo o critério que tem sido adotado nas Convenções dos últimos anos, lógica que deve ser mantida (média dos três principais indicadores: ICV-DIEESE, INPC-IBGE e IPC-FIPE).

O SEMESP propõe 4% a partir de março e 1,18% em fevereiro de 2011. Nas contas dos patrões, isso recomporia a base salarial sobre a qual seria aplicado o reajuste da próxima data base, em março de 2011. Dessa maneira, a perda não seria perenizada.

Não é preciso ser exímio professor de matemática para entender a perda embutida na proposta do SEMESP.

Tomemos por base um salário de R$ 1.000,00 em fevereiro de 2009:

Proposta SEMESP Recomposição integral da inflação
Salários R$ 12.491,80 (1) R$ 12.621,60 (2)
Adicional férias (1/3) R$ 346,67 R$ 350,00
13º salário R$ 1.040,00 R$ 1.051,80
FGTS R$ 1.110,28 R$ 1.121,92
Total R$ 14.988,74 R$ 15.145,92

(1) de março/10 a janeiro/11, salário mensal de R$ 1.040,00 (4%) e, em fevereiro/11, R$ 1.051,80 (5,18%)
(2) de março/10 a fevereiro/11, salário mensal de R$ 1.051,80 (5,18%)

A proposta do SEMESP recompõe a base salarial para o futuro, mas expurga da massa salarial uma quantia que não pode ser tirada dos professores, afinal representa 15,72% do salário de fevereiro.

A questão agora está em descobrir como essa perda pode ser recuperada e também brigar por um aumento real.

Fonte: FEPESP

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