Campanha salarial: assembleia rejeita propostas patronais
Os professores da educação básica e ensino superior reunidos em assembleia no SINPRO-SP, no último dia 25, rejeitaram as contrapropostas apresentadas pelos respectivos sindicatos patronais nas últimas rodadas de negociação da campanha salarial 2010.
A grande resistência dos donos de escola está em disciplinar o pagamento da carga extra de trabalho que os professores têm hoje, decorrente das atividades ligadas às novas tecnologias. “Eles aceitam que os professores estão trabalhando mais. O problema é que desconversam na hora de definir uma forma de remunerar a categoria, alegando várias dificuldades administrativas, técnicas e, é claro, econômicas”, explica o presidente do SINPRO-SP, Luiz Antonio Barbagli.
O pagamento da “hora tecnológica”, como vem sendo chamada, é uma das principais bandeiras de luta da categoria nesta campanha salarial. O SINPRO-SP, ao lado dos demais sindicatos que compõem a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP), apresentou proposta de redação para incluir o pagamento do trabalho tecnológico nas próximas convenções, que não foi aceita pelos patrões.
Além da hora tecnológica, os professores reivindicam reajuste salarial que garanta a recomposição das perdas inflacionárias no período de nossa data-base, mais aumento real, PLR e a renovação de todas as cláusulas sociais já presentes nas normas coletivas.
Nos dois segmentos, as entidades patronais insistem em alegar dificuldades financeiras para não conceder aumento real. “No ensino superior, a proposta de reajuste salarial dos patrões sequer repõe a inflação”, enfatiza Barbagli.
Durante a assembleia, os professores autorizaram o SINPRO-SP a continuar negociando com os sindicatos patronais, na tentativa de buscar um acordo que atenda às demandas de nossa categoria. E também autorizam o encaminhamento da decisão para a Justiça do Trabalho, em caso de fracasso nas negociações.