Professores do SESI e SENAI ainda sem reajuste
A terceira rodada de negociação com o SESI e o SENAI, ocorrida dia 03/03, manteve o impasse das reuniões anteriores: não foi apresentada nenhuma contraproposta de reajuste salarial. Segundo a comissão patronal, a questão ainda está sendo discutida pela FIESP.
Em resposta, a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP) e os SINPROs estabeleceram o dia 10/03 como data limite para a resposta dos patrões. A partir daí, a categoria poderá definir-se por uma paralisação em âmbito estadual, como já havia sido previsto nas assembléias do dia 12/02.
Para Celso Napolitano, presidente da FEPESP, a defasagem salarial é um fato incontestável: “Por causa dos baixos salários, o SESI está tendo dificuldade de contratar professores para repor aqueles que saíram da escola”.
O dirigente também mencionou o ranking de salários entregue pelos sindicatos aos representantes patronais: “A relação mostra que os professores do SESI e do SENAI recebem bem menos do que os seus colegas de escolas particulares do mesmo nível”.
Além da questão salarial, foram discutidos três outros temas: a manutenção do vale transporte, com limite de desconto de 5,5%; vale-refeição para quem dá aula no período da manhã e tarde e equiparação dos salários dos técnicos de esportes da DEL aos dos demais professores do ensino fundamental nível II (6º ao 9º ano).
SENAI é alvo de protesto
Os sindicatos protestaram contra a pressão exercida pelo SENAI para dificultar a ida dos professores à assembléia no dia 12/02. O fato foi visto como uma tentativa de encobrir uma série de problemas existentes no SENAI, tais como o não-pagamento de “aulas de preparação” no período noturno, a existência de contratação terceirizada e o autoritarismo excessivo em algumas unidades.
Ficou acertado que até a primeira semana de abril haverá uma reunião específica para tratar as denúncias feitas contra o SENAI.
A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 10/03, na FEPESP.
Fonte: FEPESP