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Governo estadual desregulamenta de vez aulas presenciais na rede privada Agosto poderá começar com todos os estudantes de volta às aulas presenciais. Só não irá quem não quiser, já que a presença do aluno seguirá facultativa. De forma inédita e provavelmente única no mundo, o distanciamento entre os alunos será reduzido de 1,5m para 1m e cada escola decidirá suas próprias regras de funcionamento. A decisão foi divulgada pelo governador Doria e o secretário Rossieli Soares, na coletiva de imprensa de 16 de junho. Em outros países, a retomada plena das aulas presenciais exigiu controle da pandemia, com queda nas taxas de contágio, testagem em massa e vacinação de boa parte da sociedade. Jamais com flexibilização das regras mínimas de prevenção e sem protocolos em caso de contaminação dentro da escola. No Brasil, a taxa de contágio subiu de 0,77 para 1,09 nesta semana, segundo o Imperial College, e ainda morrem, vítimas de Covid, mais de 2.000 pessoas todos os dias. Os professores voltarão às aulas de agosto com pelo menos a primeira dose da vacina, é certo. Mas isso é suficiente para liberar geral? Na coletiva, Rossieli referiu-se a quatro pilares que sustentam sua política: vacinação, rastreamento, testagem e protocolo. Desses, apenas a vacinação deve ser levada a sério. O rastreamento na rede privada não é confiável, não há exigência de testagem e o protocolo sobre aulas presenciais não define nenhum procedimento em caso de contaminação na escola. Cada estabelecimento faz as suas próprias regras. Com a circulação de novas variantes - mais agressivas e com alta transmissibilidade - a decisão de liberar por completo as aulas presenciais na base de "cada um faz as suas próprias leis" não é razoável sob nenhum aspecto, a não ser agradar a determinados grupos por interesses eleitorais. O SinproSP reconhece a importância da vacinação dos trabalhadores em Educação, mas isso, por si só, não é suficiente. É necessário ouvir especialistas, dialogar com os sindicatos de professores, definir protocolos de verdade, com cumprimento obrigatório pelos estabelecimentos de educação básica e superior, e exercer uma fiscalização rigorosa. Leia na íntegra |
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