Realizado no último sábado, 09 de novembro,
na sede do SinproSP, o XII Conselho Sindical da Fepesp (Federação dos Professores do Estado
de São Paulo) reuniu cerca de cem delegadas e delegados dos 26 sindicatos que integram a
Federação e deu início às Campanhas Salariais de 2025, nos diferentes segmentos de ensino.
No encontro, os sindicatos aprovaram,
coletivamente, que a assembleia (via Zoom) de definição da pauta de reivindicações do Senac
acontecerá nesta quinta-feira, dia 14/11, às 14h; no Sesi, a assembleia estadual unificada,
também remota e para decidir a pauta, será realizada no sábado, 23/11, às 9h. Nos dois
segmentos, as rodadas de negociação começarão imediatamente em seguida, ainda no mês de
dezembro, conforme compromisso estabelecido com os patrões. Essa antecipação da campanha faz
parte de uma estratégia política pró-ativa e que pretende evitar que professores e
professoras da instituição acabem ficando pressionados pelos acordos firmados pelo Senalba
(sindicato que representa trabalhadores e trabalhadoras administrativos da instituição), via
de regra assinados já em janeiro, e que invariavelmente ficam muito aquém das pretensões
estabelecidas pelos sindicatos da Fepesp. "Vamos trabalhar para escapar dessa armadilha",
explica Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Fepesp.
Já na Educação Básica e no Ensino Superior, a
estratégia política coletivamente construída no Consind estabeleceu que as assembleias de
definição das pautas de reivindicação acontecerão no retorno do recesso, na semana entre 27
de janeiro e 01 de fevereiro/25, dando início em seguida às rodadas de negociação com os
sindicatos patronais, para tentar encaminhar a avaliação de eventuais propostas de convenção
ainda no final de fevereiro, já que a data-base da categoria é 01 de março. "Aqui,
respeitando as especificidades dos segmentos, os sindicatos da Fepesp avaliaram que seriam
imensas as dificuldades de mobilização da categoria em final de ano letivo, quando todas e
todos estão exaustos e envolvidos com provas e exames finais, além do receio de demissões.
Também entendeu-se que, como tática de negociação, não é adequado entregar agora para os
patrões as pautas, já que as conversas só acontecerão mesmo em 2025. Eles sairiam em
vantagem nesse processo", diz Celso.
Ele completa e finaliza: "No ano que vem,
teremos que renovar, na íntegra, as cláusulas econômicas e sociais de todas as convenções e
acordos. A batalha será duríssima, porque queremos manter as conquistas já alcançadas e
avançar nas garantias de condições dignas de trabalho para a categoria. É por essa razão que
a mobilização e participação das professoras e dos professores nas campanhas serão mais uma
vez fundamentais para pressionar os patrões e dar força para os sindicatos nas mesas de
negociação. Como já acontece há vários anos, teremos mais uma vez uma campanha estadual
unificada, coordenada pela Federação, para também fortalecer nossas posições. O Consind deu
o pontapé inicial. E 2025 já começou".
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