Na reunião de negociação realizada na segunda-feira, dia 06 de
maio, a Fepesp (Federação dos
Professores do Estado de São Paulo) colocou na mesa de conversas do Ensino Superior,
oficialmente, uma proposta que contempla as deliberações da categoria e procura delimitar o
que
em negociação se chama de "zona de conflito", concentrando as reivindicações em três focos
específicos: a reposição da inflação com garantia de aumento real; o piso salarial; e a
regulamentação das disciplinas a distância em cursos presenciais. "Reafirmamos nossas
reivindicações, na tentativa de superar o pretenso impasse e demonstrar o jogo de cena
levado a
efeito pela representação patronal. Afirmamos claramente que queremos negociar com seriedade
e
de forma objetiva, até porque já havia o compromisso, firmado no ano passado, de discutir
agora
essas questões", diz Celso Napolitano, presidente do SinproSP.
Ele faz questão de reforçar que, por conta da
vitoriosa campanha do ano passado, quando não
desistimos, exigimos e conquistamos, todas as demais cláusulas da convenção coletiva
(incluindo
direitos como recesso, férias, bolsas de estudos e plano de saúde) estão garantidas até
fevereiro de 2025. "Portanto, os patrões podem até fazer bravatas e tentar desviar as
atenções
do principal, mas não haverá qualquer tipo de retrocesso", destaca. Para avaliar os rumos do
nosso movimento, fazer barulho e aumentar a pressão sobre os mantenedores, já está marcada
mais
uma assembleia da campanha. Será na quinta-feira, dia 23 de maio, às 15h30, via Zoom. As
inscrições podem ser feitas até às 13h30 do próprio dia 23. "Até lá, mais uma rodada
de
visitas às
instituições será realizada, para conversar com professoras e professores e intensificar a
mobilização. E os carros de som estarão de novo nas ruas. Os patrões querem travar o
processo.
Nós queremos avançar. E eles terão que nos ouvir", finaliza Celso.
|