Campanha salarial

Patrões insistem em reduzir direitos no acordo de dois anos

Atualizada em 13/03/2019 12:02

Na primeira rodada de negociação após a assembleia dos professores rejeitar a proposta patronal, os donos de escola insistiram na redução de direitos para um possível acordo por dois anos. Agora, os patrões falam em diminuir o recesso escolar de 30 para 25 dias e aumentar a carência da garantia semestral de salários de 24 para 30 meses. A reunião foi realizada na tarde de terça-feira, dia 12.

A comissão que representa os professores reafirmou a importância de manter todos os direitos já conquistados e destacou que para a categoria é essencial discutir o aumento da hora atividade, a hora tecnológica, a obrigatoriedade da homologação no Sindicato, o ingresso de representantes sindicais na escola, a ultratividade e, principalmente, a blindagem contra a reforma trabalhista (novas formas de contratação). Os patrões se comprometeram a levar os temas à diretoria do Sieeesp e a apresentarem uma resposta na próxima reunião, marcada para o dia 19.

Não mexam em nossos direitos

No período de negociação, os direitos conquistados na Convenção Coletiva não mudam e as obrigações permanecem. Isso porque, ainda em 2018, foi assinado um documento entre os Sindicatos dos Professores e o sindicato patronal que garante a data-base da categoria. Ou seja, qualquer novo acordo será retroativo a essa data.

É importante lembrar que tentativas de burlar o que está garantido pela Convenção, como pagamento a menor, concessão de bolsas de estudos e outras, estão sujeitos a correção de valores e multa por descumprimento ao final da negociação.

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