Campanha salarial

Professores do Sesi e Senai aprovam proposta para Acordo Coletivo

Atualizada em 28/02/2018 18:25

Reunidos em assembleia no SinproSP, dia 28/02, professores do Sesi e Senai aprovaram a contraproposta patronal para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. No mesmo dia foram realizadas assembleias em outros vinte e quatro sindicatos que, com o SinproSP, participam da campanha salarial unificada.

A proposta prevê reajuste nos salários e nos vales refeição e alimentação pelo INPC acumulado de março/2017 a fevereiro/2018. O índice definitivo será conhecido dia 09/03, mas as projeções indicam que o percentual deva ficar por volta de 2%.

O deputado estadual Carlos Giannazi (Psol) esteve presente e saudou os professores. Ele lembrou da luta da categoria, tanto na rede pública como na rede privada e fez duras críticas à reforma trabalhista.

Debate

A aprovação foi precedida de debate sobre o reajuste, já que a reivindicação dos professores era de reposição integral da inflação e aumento real correspondente a 50% da inflação, o que resultaria em 1%. Embora o percentual fosse pequeno, parte da assembleia considerou que a categoria não poderia abrir mão do valor. Ao final, a proposta acabou sendo retirada.

Contribuição sindical

Antes do início dos debates, o diretor do SinproSP, Celso Napolitano, convidou os professores a participarem da assembleia, dia 03, que deliberará sobre a contribuição sindical. Ele explicou a opção do SinproSP por não misturar os dois assuntos - campanha salarial e contribuição sindical - para dar a maior transparência possível ao debate.

Para Napolitano, a questão não é econômica, mas política e não pode ser uma decisão individual, mas coletiva. Segundo o diretor do SinproSP, a nova lei estimula a alternativa individual para proteger o capital e não os trabalhadores. Por isso, precisa enfraquecer o movimento sindical."É preciso ter consciência e resistir. Nós queremos cravar uma estaca no peito desta reforma".

Alguns professores também se manifestaram. Um dos presentes afirmou que o debate coloca à prova a ação dos sindicatos e é preciso uma relação orgânica com a categoria .

Um outro professor afirmou que é direito de todo trabalhador fazer criticas e cobrar o seu sindicato, mas ele precisa ser mantido. "Se você abrir mão, o que resta é a alternativa individual, com o seu patrão.

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