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Sesi/Senai: seminário discute Campanha 2016

Atualizada em 04/09/2015 16:43

O II Seminário Sesi e Senai do Estado de São Paulo deu início à Campanha Salarial no Sistema S de ensino. O encontro, que ocorreu simultaneamente em 6 polos (Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Paulo e Sorocaba), reuniu dirigentes, delegados sindicais e professores a fim de traçar estratégias para as negociações do próximo ano.

A reunião no polo de São Paulo foi realizada por Celso Napolitano, presidente da Fepesp e diretor do Sinpro-SP, e por Onassis Matias, que leciona no Sesi, é presidente do Sinpro-Osasco e também diretor da Fepesp. Ambos explicaram que em um quadro de recessão e inflação alta, que pode atingir os dois dígitos, professores e sindicatos devem pensar um plano de ação para os próximos anos.

Segundo Onassis, São Paulo tem o melhor acordo coletivo do país. “Por mais de 10 anos conquistamos reposição integral da inflação mais uma porcentagem de aumento real”. Já Napolitano lembrou que os trabalhadores dos demais estados nem ao menos conseguem negociar com o Sesi e o Senai. O desafio é manter e avançar nas conquistas ainda que numa conjuntura recessiva.

Dificuldades nas negociações

Para a Campanha Salarial deste ano foi criada uma diretoria específica que ficará a cargo das negociações do Sistema S, visto as dificuldades enfrentadas nos anos anteriores.

Por exemplo, a validade das cláusulas econômicas. Enquanto todo o resto do acordo coletivo fechado com o Sesi e o Senai tinha validade bianual, os representantes patronais afirmavam não ser possível discutir o reajuste com antecedência, já que não tinham previsão orçamentária para o ano seguinte.

Celso Napolitano prevê um cenário difícil para as negociações em 2016. Ele acredita que o Sesi e o Senai vão se valer da crise no setor industrial para criar dificuldades na discussão do reajuste.

Mobilização

Todos os professores que participaram do seminário concordaram que a mobilização é fundamental para um acordo favorável na Campanha do próximo ano.

Um professor trouxe para a discussão a necessidade de se falar pelo coletivo e não restringir o debate a interesses individuais. Ele usou como exemplo a paralisação de 2014. “A conta não pode ficar apenas nos números. Pode ser que o desconto das faltas nos dias de paralisação seja equivalente ao que se ganhou no reajuste. Mas o importante é que aquilo demonstrou força”.

Assédio e denúncias

Outro tema recorrente durante a reunião foi o medo de denunciar os abusos cometidos no Sesi e no Senai. Os professores que sofrem assédio moral, mas têm medo de denunciar e depois arcarem com represálias.

O Sinpro-SP reforça que toda denúncia é anônima e que nenhum dado do professor será exposto. A denúncia é a principal forma de identificar irregularidades e, dessa forma, poder combatê-las.

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