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Laureate volta a demitir em massa. Em meio à pandemia e a denúncia de estar usando robôs para correção de provas dissertativas e sem o conhecimento dos alunos, a Rede Laureate (Anhembi-Morumbi, FMU, FIAM, FAAM) demitiu 120 professores que lecionavam no ensino a distância (EaD). Essas demissões não têm nada a ver com a situação econômica. A dispensa massiva ocorreria com ou sem pandemia. Ela é parte de uma reestruturação cruel que inclui também redução da grade curricular, ensalamento, substituição de aulas presenciais por atividades a distância. Esta é a receita da Laureate para suas elevadas margens de lucro: precarização do trabalho docente e baixa qualidade de ensino. É importante lembrar que a empresa já havia demitido 70% dos professores do EaD no final de 2018 e agora está concluindo o processo de degola. Quem, afinal, dará aulas daqui pra frente? Os mesmos robôs que a Laureate tentou esconder dos alunos? Ou essas aulas serão incorporadas a outras atividades letivas já existentes, sobrecarregando também os professores de cursos presenciais? O SinproSP recorrerá à Justiça para tentar a anulação das demissões. É inaceitável que, num momento como este, a Laureate continue agindo de forma irresponsável e moralmente condenável. O lucro sem limites não pode estar acima de tudo. Leia mais Leia também: » Negociações no ensino superior: conflito reduzido a quatro pontos |
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