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O lado sombrio das atividades a distância Preparar uma aula para os meios digitais nos cobra um tempo desumano, muito além do previsto nos contratos. No meio desse caminho, tem o coordenador a lembrar que é preciso postar as atividades no classroom, agendar aulas no zoom e que os alunos estão bombando no blackboard, querendo saber quando devem entregar os exercícios. O celular é um inferno de apitos e telas luminosas que não param de piscar. Encarar os encontros online é outro momento angustiante. Tudo, absolutamente tudo, e ao mesmo tempo, tem que ser controlado pelos professores: a internet que não pode cair, as dezenas de imagens que pulam na tela, os áudios dos alunos, as conversas paralelas, o tempo disponibilizado pela plataforma, os chats, os ícones com as mãozinhas levantadas. Quem consegue manter a serenidade e a linha de raciocínio planejada? São condições extenuantes de um trabalho "invisível" que foi triplicado após a suspensão das aulas e parece não ter fim. Os estudantes e suas famílias têm reconhecido o esforço dos professores, mas também precisam saber que esse momento guarda um outro lado, sombrio e marcado por uma rotina desumana, que denuncia a falta de condições de trabalho. Leia o artigo na integra Nota importante sobre a MP 936 A diretoria do SinproSP e o departamento jurídico estão analisando os impactos, para os professores, da Medida Provisória MP 936, publicada dia 1º de abril, que trata, entre outras medidas, da possibilidade de redução de salários e suspensão do contrato de trabalho. O Sindicato vê com muita preocupação o teor da MP 936 e orienta que ninguém assine qualquer documento ou aceite proposta da escola até que tenhamos um parecer mais aprofundado sobre as medidas. Leia também: » Professores em férias não podem ser chamados a trabalhar na escola ou a distância » Confira os seus salários e avise o SinproSP se o reajuste de 5,04% não for pago » Escolas e universidades não precisarão cumprir os 200 dias letivos |
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