Foi uma quarta-feira histórica, para renovar as esperanças e retomar o protagonismo nas ruas. O tsunami formado no início da tarde arrastou uma multidão que ocupou a Paulista, desceu a Brigadeiro e desembarcou, já à noite, na Assembleia Legislativa.
O protesto, originalmente de trabalhadores em Educação contra a reforma da previdência, cresceu de forma avassaladora a partir dos ataques do governo federal. O movimento ganhou a adesão de outros setores da sociedade e teve sua agenda ampliada, num ato inédito contra o corte de vebas, o sucateamento da Educação e da produção científica, a desqualificação das Humanidades e o incitamento de ódio contra os professores.
Nessa luta unitária, marcharam juntos professoras e professores de escolas públicas e privadas, estudantes, mães e pais c omprometidos com o ensino democrático e de qualidade. Em todo o Brasil, os protestos reuniram dois milhões de pessoas.
Agora, é 14 de junho
O momento agora é de aproveitar essa poderosa energia política para construir a grande greve geral de 14 de junho, convocada, também de forma unitária, por todas as centrais sindicais. A mobilização deve começar já, nos locais de trabalho, em conversas entre os professores, nas visitas da diretoria de base do SinproSP, na divulgação de material. Esse processo de organização coletiva vai convergir para assembleia da categoria, a ser realizada em breve no SinproSP.
No #14J, o tsunami da Educação vai dizer mais uma vez "presente". E ajudar a parar o Brasil.
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Dissídio Coletivo à espera da primeira audiência
Ainda não foi marcada a audiência de conciliação da ação de dissídio coletivo para os professores de educação básica, ajuizada pelo SinproSP e pelos sindicatos de Santos, Guarulhos e Rio Preto no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
Nessa primeira etapa, o vice-presidente do Tribunal chama as partes e tenta mediar uma solução negociada entre as partes. Se não der resultado, a ação prossegue até o julgamento.
O SinproSP divulgará a data da audiência de conciliação assim que ela for definida. A proposta é fazer, neste dia, uma manifestação em frente ao TRT, na Rua da Consolação.
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