Demissão em tempos de difíceis: um alerta importante

As demissões que atingem professoras e professores neste final de um ano são uma combinação entre uma reforma trabalhista que estimula a precarização e as "reengenharias pedagógicas", decididas sem a participação do corpo docente, que impõem uma sobrecarga de trabalho e acabam por responsabilizar os professores por todos os problemas da Educação. Acrescente-se a isso a presença de grandes grupos empresarias na área da Educação e a perseguição, o desrespeito e o denuncismo incentivados por iniciativas como o Escola Sem Partido.

São tempos de dúvidas e instabilidade. Para quem é demitido, além da autoestima abalada, fica a angústia de buscar recolocação. Também para quem permanece na escola não é fácil. As demissões dos colegas geram um ambiente de instabilidade que intimida, acua e que, não raro, levam os professores a aceitarem as regras do jogo ditadas pelos patrões. O receio é legítimo. Afinal, quem quer perder o emprego?

Estamos alertas e atentos. É o Sindicato quem, nesses momentos de tensão e conflitos, pode agir politicamente para acolher e proteger os professores, além de atuar para garantir juridicamente o respeito aos direitos conquistados pela categoria. O SinproSP está realizando encontros e conversas com os professores demitidos e construindo as estratégias políticas e jurídicas mais adequadas, associando as lutas coletivas e o cumprimento da Convenção ao apoio e retaguarda para as decisões específicas do corpo docente de cada escola.

É fundamental que as demissões sejam sempre informadas ao Sindicato - e que os professores do ensino básico procurem fazer as rescisões no SinproSP (no superior, pela Convenção Coletiva, é obrigatório), para que não sejam lesados pelas escolas, como alerta Ailton Fernandes, diretor jurídico do Sindicato, no vídeo em destaque. Clique na imagem para assistir.

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