Professores da educação básica e do ensino superior, reunidos em assembleia no Sinpro-SP, sábado (21/05), aprovaram as propostas de reajuste salarial e autorizaram a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho.
Por duas horas, a categoria discutiu detalhadamente o conteúdo das propostas. A assembleia chegou a ser interrompida por dez minutos para que os professores pudessem deliberar com maior clareza. Feita a votação, a aprovação foi quase unânime, com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário.
A proposta para a educação básica foi a mais discutida. A diretoria do Sinpro-SP defendeu a sua aprovação, lembrando que ela garante reposição integral da inflação, aumento real e participação nos resultados. “O aumento real, nos dois anos consecutivos -2016 e 2017-, se incorpora definitivamente aos salários e aumenta a base para os reajustes futuros”, afirmou Luiz Antonio Barbagli, presidente do Sindicato.
A necessidade permanente de mobilização também foi outro eixo de discussão. Uma professora chamou a atenção para a importância de estratégias integradas em rede. Barbagli lembrou da eleição de delegados sindicais nas escolas, um direito garantido na Convenção Coletiva.
Propostas
As propostas para a educação básica e para o ensino superior são diferentes, porque foram negociadas separadamente com os sindicatos patronais.
Nos dois segmentos, as diferenças salariais retroativas a março devem ser pagas, no máximo, com o salário de junho. A PLR de 12% na educação básica e o abono de 21% no ensino superior também estão garantidos para quem se desligar da escola ou da IES no primeiro semestre, até junho.